Da série Cultura em transe...

Pretto!! Eu vi.

Às margens do Paraguçu testemunhei uma roda pesada, imaginária, tensa. De um lado, Claudio, o Prado e sua turma de capoeristas hippies ciberanarquicos que teimam em sambar no terreiro da burocracia, hackeando e tentando abrir os olhos do Estado, com as bênçãos de Mestre Gil.

Na outra ponta da roda ciber, Mestre Curió e sua turma de mandigueiros malandros, que nessa roda imaginária e tensa, conflituosa, às vezes fruto da incompreensão e/ou da ação dos que sorrateiramente querem mesmo é ver a roda emperrar. Ééée mestre Pretto, essa roda, a lá do Paraguaçu, só não esquentou devido a interferência de Mestre Lú, o Cachoeira. Se não sesse isso, a roda esquentaria. Tal qual uma que vi lá em Patrimônio dos Pretos ou Santa Luzia do Norte, extremo norte espírito-santense, terra de negros e retirantes mineiros e baianos, refúgio de Mestre Rafael, o Flores, angoleiro dos bons.

Tudo acabou bem, nessa cultura em transe, só o antológico show de Zé, o Tom em Feira, para fechar com chave de ouro. Aliás, esse senhor, punk-rock contraciberanarcultural, travestido de cangaceiro de vinil, from Irará precisa tocar e cantar mais para os sertões. Inda bem que havia link Feira/Salvador e o espectro do canal 2 tava aberto. Salve Tom e os espectros abertos! Que continuem abrindo-se.

Saravá.