NA MINHA TERRA NÃO CONHEÇO “COWBOY VIADO"! TENHO AMIGOS VAQUEIROS
Hoje acordei inspirado na boa terra! quando ando por estas bandas os santos de Glauber, o Rocha; Jorge, o Amado; Tom, o Zé e de tantos outros bahianos, de nascimento ou de coração, teimam em me rondar e proteger minhalma... Adoro isso, compreendo melhor injustiças e mentiras irradiadas para iludir a patuléia com essas encuriscadas. Essa terra é realmente “ispiciá"...
,Oito de março, ano da graça de 2005 (dia internacional da mulher). Como dizem por ai, todo dia é dia de homem e que o bicho tá em falta, voltarei a exercitar neurônios e axônios contra-culturais para não esquecer a condição de canhoto encuriscado, quando em vez. Pontuarei algumas questões para homenagear homens considerados “rudes" seriam mesmo? Ou “machistas"?, pode at+e ser que sim, mas convenhamos, muitos deles também são simples, singelos e senhoristas feministas, me perdoem, mas, não viveriam ou nem nasceriam se esses rudes não existissem. Definitivamente eles não são “cowbois"? nem viados.
Aliás, o que motivou esse texto não foi nenhum ufanismo linguístico, nem homofobia ou algum tipo de preocupação com a opção sexual dos “cowboys"..., e muito menos a intenção de mergulhar no complicado universo da condição feminina, mundo afora ou adentro... mas, uma certa música que tomou conta do litoral capixaba. De letra engraçada e ritmo rebolante que junto com o funk (adoro assistir e até arrisco uns passos), reforçaram minha convicção de que esse país tem uma cultura popular tão rica e bela que já temos música para ouvir, cantarolar, dançar e até para assistir. Comprovei isso nas praias durante o carnaval que passou. E gostei!
Ainda bem que a tal música não falava em “cowold"? - nem sei se essa palavra existe la pelas terras dos cowboys acuados, terra também do Blues, de Hemingway, Ray, King, Janis, Elvis, Clapton, Louis Armstrong e tantos outros... Acredito que se a letra usasse essa palavra, talvez o bicho ia pegar. Os vaqueiros que conheço, homens que ainda sabem velhos aboios, lembram de currutelas, gibãos, matulões e outras cousas que morrem cotidianamente, tambem estao passando... Onde a mídia gorda teima em não valorizar a cultura popular, pois faz questão de se alimentar dela para manter se gorda em nome de uma tal “mass mídia"?, abastada, endinheirada, enfurecida... Ainda bem que o parangolé foi com “cowboys"? e não com “cowolds"?, tenho certeza que nossos vaqueiros não iam deixar barato.
Nesses dias bicudos e sinuquentos, nessa geopolítica complicada onde o espírito do bom e velho Guevara parece pairar sobre a Bolívia, penso mesmo, é que tem muito cowboy poderoso andando até de fraldão... Sobre suas opções sexuais não sei, nem quero saber, o que não quero é ver a vaquerama mais nova de minha terra e do Brasil deixar de lado e esqueçer essa cultura tão rica e bonita, que chegou até eles vinda dos rincões nordestinos, onde ainda é possível encontrar representantes legítimos dessa nossa riqueza cultural.
Pensem nisso rapaziada, nos dias atuais onde a mídia gorda prepara-se para invadir nossos lares com uma história cheia de cowboys, peões, pilantras, coiotes, yanques e moçoilas belas e sonhadoras da vênus prateada. Cuidado!!! Nem tudo que reluz é ouro, já diziam os velhos vaqueiros... Quanto às belas e fortes mulheres brasileiras, perdoem-me, mas não vivo sem vocês, porém continuo canhoto e espero permanecer assim por muito tempo...
Por Doriedson Alves de Almeida
0 comentários:
Postar um comentário